terça-feira, 12 de março de 2013

Encontrado em Granada o fóssil de Hominídeo mais antigo da Europa

Foi recentemente dada a conhecer a descoberta, em Granada, do fóssil de Hominídeo mais antigo da Europa. O dente de leite de uma criança com 1,4 milhões de anos foi recuperado em 2002 no sítio arqueológico de Barranco León, em Orce, e vai ser apresentado num artigo na prestigiada revista Journal of Human Evolution no próximo dia 4.









O molar de uma criança de 10 anos torna a região a área da Europa onde a presença do Homem é mais antiga, destronando Atapuerca (Burgos, Norte de Espanha), onde o registo humano mais antigo data de há 1,2 milhões de anos.

Trata-se do achado mais significativo na região de Orce, onde se têm feito, há várias décadas e segundo a agência de notícias espanhola Europa Press, escavações que resultaram na descoberta de 25.000 vestígios arqueopaleontológicos, entre os quais restos de peças esculpidas em pedra, bem como ossos fossilizados de mamute e hiena.
O dente de hominídeo foi encontrado junto de dentes fossilizados de herbívoros e de ferramentas de pedra esculpidas à mão ou usando uma bigorna, que terão sido usadas para cortar carne, madeira ou raízes, avança Isidro Toro, diretor do Museu Arqueológico de Granada. O diretor apresentou a descoberta num evento naquela cidade andaluza em conjunto com Luciano Alonso e Bienvenido Martínez Navarro.



Trata-se do “registo paleobiológico mais importante da Europa para estudar os últimos milhões de anos do mundo”, refere Bienvenido Martínez-Navarro, que acrescenta “Não existe no mundo um sítio arqueológico semelhante”.
Por seu lado, Luciano Alonso, da Consejería de Cultura y Deporte da junta de Andalucía refere que “podemos estar perante a primeira marca humana da Andaluzia, o que mostra a enorme importância da bacia de Guadix-Baza, que possui um extraordinário registo paleobiológico dos últimos sete milhões de anos”.
A Junta de Andalucía reconhece quão valiosa é a região do ponto de vista arqueológico e paleontológico, tendo procedido à sua classificação com Zona Arqueológica, passo essencial para que possa vir a ser considerada Património Mundial pela UNESCO. Por outro lado, a Junta contratou recentemente, através da Consejería de Cultura y Deporte, uma equipa de investigadores para levar a cabo um projeto de 300.000 euros intitulado “A presença humana e o contexto paleoecológico na bacia continental Guadix-Baza”, é referido na notícia publicada pela Europa Press no seu sítio Web.




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