quarta-feira, 13 de março de 2013

Chuva de meteoritos em Wyoming


Mergulhador fotografa divisão entre placas tectônicas na Islândia

O britânico Alexander Mustard documentou um mergulho entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia, que se afastam a cada ano











Ouro tem origem extraterrestre


Impacto de asteróides deu origem a alguns metais preciosos


Quase todo o ouro que a humanidade possui ou que está a ser extraído de minas é de origem extraterrestre. Foi trazido para a Terra por asteróides  massivos que embateram no planeta no final da sua formação, há 4500 milhões de anos, sugerem os resultados de um estudo publicado na revista "Science".

Esta nova investigação traz fortes evidências de que o ouro, a platina e o paládio, entre outros metais, presentes no manto e na crosta da Terra, da Lua e de Marte, chegaram a tais sítios graças à queda  de objectos celestes do tamanho de mini-planetas durante a fase da formação planetária do sistema solar.  Estas colisões massivas aconteceram dezenas de milhões de anos depois do grande impacto que originou a Lua.

O estudo foi realizado por uma equipa de investigadores de várias instituições americanas, entre as quais a University of Maryland (incluindo o geólogo Richard Walker), o Southwest Research Institute e o Massachusetts Institute of Technology.
De acordo com o que se sabe sobre a formação da Terra e de outros planetas com as mesmas características, os elementos siderófilos, como o ouro, deveriam ter sido atraídos para o núcleo à medida que o astro se ia formando, pelo que a crosta terrestre tinha ser desprovida desse tipo de metais.

O facto de se poder extrair ouro desperta a curiosidade dos cientistas há muito tempo, sendo que já havia várias explicações científicas, mas nunca nenhuma tinha sido suportada por evidências significativas.

A explicação apresentada por este novo estudo é, segundo os seus autores, a que melhor se adapta às evidências. Os resultados sugerem que o maior astro que caiu na Terra tinha entre 2400 e 3200 quilómetros de diâmetro, sensivelmente do tamanho de Plutão, enquanto os que atingiram a lua eram dez vezes menores.

De acordo com os investigadores, estes corpos cósmicos eram grandes o suficiente para produzir o enriquecimento dos elementos siderófilos, mas não ao ponto de fazerem os seus fragmentos chegarem a fundir-se na Terra, a grande profundidade.

Lugares incriveis

Grécia

   



Bahamas



A camada magnética protectora da Terra está a deteriorar-se


Um estudo recentemente publicado no «Journal of Geophysical Research» avançou que foram descobertas algumas brechas na camada magnética terrestre e estas permitem a entrada do vento solar – rajadas de plasma magnético.

A magnetosfera é a camada protectora da Terra e a primeira linha de defesa contra ventos solares e as falhas detectadas poderão interromper sinais de GPS e energia, segundo explicou Melvyn Goldstein, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard (Nasa).
Já tinham sido encontradas fendas nas regiões próximas do Equador, onde o campo magnético terrestre é mais ou menos paralelo ao campo do vento solar.

A missão Cluster da Agência Espacial Europeia (ESA), que compreende quatro satélites junto ao campo magnético terrestre, compilou dados que mostram como o vento solar atravessa a área e os dados mostraram que redemoinhos gigantes (também conhecidos como ondas Kelvin-Helmholtz) de plasma que chegam à magnetopausa (região em torno da magnetosfera) são os factores que ajudam a penetração do vento solar.

Os estudos mostraram que a anomalia se forma quando o campo magnético das partículas emitidas pelo sol tinha uma orientação oposta à do campo magnético em determinado ponto da Terra.

Apesar de invisível, o planeta Terra está cercado por esta espécie de bolha magnética, criada pelos movimentos ocorrem na região dos núcleos da Terra e é fundamental para o proteger contra as partículas emitidas pelo sol. Aliás, sem a magnetosfera a vida na Terra seria praticamente impossível.

No entanto, os dados não sustentam teorias apocalípticas e reversões magnéticas polares já podem ter ocorrido nos últimos 3000 milhões de anos, mas não seguem um ciclo regular e a intensidade não é constante.

Fungos acabaram com o carvão há 300 milhões de anos


Há 300 mil anos, a Terra deixou de produzir carvão de forma massiva. Este acontecimento marcou o final do Carbonífero, período da Era Paleozóica que tinha começado 60 milhões de anos antes e que se caracterizava pela sucessiva formação de estratos de carvão a partir da acumulação e do enterramento de árvores primitivas que cresciam em enormes florestas pantanosas.
Uma equipa internacional de cientistas descobriu agora que o fim desta Era coincidiu com o aparecimento de fungos altamente especializados. Os resultados, apresentados no último número da «Science», revelam que estes microorganismos desenvolveram um sistema para decompor eficazmente a biomassa das plantas que tinham colonizado o meio terrestre.
Estes microorganismos primitivos, fungos do tipo basidiomiceto, desenvolveram um mecanismo baseado em enzimas capazes de destruir uma barreira quase impenetrável até então, a lignina. Este polímero, presente na madeira, tanto naquela altura como agora, tem como função conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques, permitindo que os nutrientes se distribuam por toda a planta.
Os investigadores descobriram isto depois de realizarem uma análise comparativa de 31 genomas de fungos. Isto permitiu conhecer como era o mecanismo utilizado pelos fungos para decompor a lignina. Este processo baseia-se na produção de um tipo de proteínas complexas chamadas peroxidases, que actuam sinergicamente com outras enzimas oxidativas.
Estabeleceram, assim, a história evolutiva e a cronologia dos diferentes tipos de peroxidases responsáveis pela biodegradação da lignina. Os resultados revelam a existência de peroxidases até agora praticamente desconhecidas.  

Nasa diz que 2012 foi um dos dez anos mais quentes desde 1880


O ano de 2012 foi um dos dez mais quentes desde 1880, seguindo a continuada subida de temperaturas globais, segundo uma revisão anual das temperaturas médias da Terra feita pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da NASA e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). O ano de 1998 foi considerado o nono mais quente em 132 anos.

O instituto, sediado em Nova Iorque, comparou a média da temperatura global desde meados do século XX. A comparação mostra que a Terra continua a sofrer temperaturas mais quentes do que há várias décadas. No entanto, há uma discrepância face à NOAA, já que a Nasa apontou 2012 como o nono mais quente desde o início dos registros, em 1880, enquanto a Noaa avaliou-o com o décimo mais quente.
A temperatura da superfície global em 2012, incluindo terra e água, foi 0,56 graus centígrados superior à média registrada entre 1951 e 1980 – o que foi suficiente para causar um aumento nas máximas extremas.
O ano passado foi também o 36º ano consecutivo com temperaturas superiores à média do século XX na Terra, segundo os investigadores da Nasa e da NOAA.

“Mais um ano em números, em si, não significa muito”, referiu o climatologista Gavin Schmidt, do Instituto Goddard, segundo se lê na página da NASA. Tendo em conta que o termómetro global tem estado mais ou menos estabilizado nos últimos dez anos, mas e “esta década é mais quente do que a anterior, e aquela foi mais quente do que a precedente. O planeta está a aquecer porque estamos a enviar quantidades crescentes de dióxido carbono (CO2) para a atmosfera”, continuou.

A Noaa sublinha no seu relatório que muitas regiões do mundo ficaram mais quentes do que a média em 2012, o que inclui a maior parte das Américas, da Europa, da África e da Ásia.


O estudo das duas agências pode ser visto aqui.

terça-feira, 12 de março de 2013

Yeehaw


Encontrado em Granada o fóssil de Hominídeo mais antigo da Europa

Foi recentemente dada a conhecer a descoberta, em Granada, do fóssil de Hominídeo mais antigo da Europa. O dente de leite de uma criança com 1,4 milhões de anos foi recuperado em 2002 no sítio arqueológico de Barranco León, em Orce, e vai ser apresentado num artigo na prestigiada revista Journal of Human Evolution no próximo dia 4.









O molar de uma criança de 10 anos torna a região a área da Europa onde a presença do Homem é mais antiga, destronando Atapuerca (Burgos, Norte de Espanha), onde o registo humano mais antigo data de há 1,2 milhões de anos.

Trata-se do achado mais significativo na região de Orce, onde se têm feito, há várias décadas e segundo a agência de notícias espanhola Europa Press, escavações que resultaram na descoberta de 25.000 vestígios arqueopaleontológicos, entre os quais restos de peças esculpidas em pedra, bem como ossos fossilizados de mamute e hiena.
O dente de hominídeo foi encontrado junto de dentes fossilizados de herbívoros e de ferramentas de pedra esculpidas à mão ou usando uma bigorna, que terão sido usadas para cortar carne, madeira ou raízes, avança Isidro Toro, diretor do Museu Arqueológico de Granada. O diretor apresentou a descoberta num evento naquela cidade andaluza em conjunto com Luciano Alonso e Bienvenido Martínez Navarro.



Trata-se do “registo paleobiológico mais importante da Europa para estudar os últimos milhões de anos do mundo”, refere Bienvenido Martínez-Navarro, que acrescenta “Não existe no mundo um sítio arqueológico semelhante”.
Por seu lado, Luciano Alonso, da Consejería de Cultura y Deporte da junta de Andalucía refere que “podemos estar perante a primeira marca humana da Andaluzia, o que mostra a enorme importância da bacia de Guadix-Baza, que possui um extraordinário registo paleobiológico dos últimos sete milhões de anos”.
A Junta de Andalucía reconhece quão valiosa é a região do ponto de vista arqueológico e paleontológico, tendo procedido à sua classificação com Zona Arqueológica, passo essencial para que possa vir a ser considerada Património Mundial pela UNESCO. Por outro lado, a Junta contratou recentemente, através da Consejería de Cultura y Deporte, uma equipa de investigadores para levar a cabo um projeto de 300.000 euros intitulado “A presença humana e o contexto paleoecológico na bacia continental Guadix-Baza”, é referido na notícia publicada pela Europa Press no seu sítio Web.